Mostrando postagens com marcador Para quem ensina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Para quem ensina. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Talvez alguém seja o responsável

0 comentários
               Nos anos oitenta tínhamos uma propaganda de biscoitos que fazia a seguinte pergunta: “Tostines vende mais porque está sempre fresquinho, ou está sempre fresquinho porque vende mais?” Os anos se passaram, não vejo mais estes biscoitos nos mercados e para mim a resposta ainda é uma incógnita. Assim como esta propaganda, nossas vidas são cheias de incertezas e se não fosse por elas não existiriam pesquisas, experimentos, fracassos e sucessos. Na área do ensino é do mesmo jeito, algumas vezes acreditamos que conhecemos as respostas, e outras vezes não temos nem ideia de onde procurar por soluções. Como em todas as áreas de conhecimento, também temos em nosso mundo profissional diversos pesquisadores que nos indicam caminhos e apresentam soluções. Algumas realmente eficazes e outras nem tanto. Quando buscamos por soluções no ensino de línguas, ou mesmo no ensino de disciplinas tradicionais das escolas regulares, podemos recorrer a grandes nomes como Vigotsky, Paulo Freire, Bakhtin, Chomsky, Platão e muitos outros. As grandes obras e os grandes pensadores de todas as áreas não devem ser descartados, porém tem um aspecto que não pode ser deixado de lado, a experiência do momento. Não existem livros no mundo que possam resolver problemas se não adaptarmos suas palavras às nossas necessidades. O que fez dos grandes pensadores grandes não foi o simples fato de eles lerem e seguirem alguém anterior a eles. O que os fez grande foi o fato de questionarem, buscarem soluções para o que viviam naquele momento. Acredito que muitos deles – senão todos – olhavam para o futuro, mas até onde conheço, eles não se diziam videntes nem reveladores, apenas estudiosos que registravam o que vivam e buscavam soluções para seus problemas na esperança de que alguém no futuro pudesse usufruir daquele conhecimento.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Is teaching a duty or an art?

0 comentários
For many years I've heard teachers saying that they are fulfilling their duty by entering the classroom and pass on their knowledge to a group of students who are not always interested in what's being said. There seems to be in Brazilian culture (and who knows if in other countries too?) the idea that the teacher is a sufferer who earns a very low salary to do too much.
Imagine the situation of the greatest artists of all time. What they felt  could change some point of view people have about the world. Many of them were not understood during their whole life and perhaps even after their death. This does not diminish the value of their work. Some are praised just because we can not understand them. Take the case of Mona Lisa, she is smiling or not. No one will ever know, but it is undeniable the contribution of this picture to the study of art and its history.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ensinar é uma arte ou um dever?

0 comentários
Por muitos anos tenho ouvido professores dizendo que estão cumprindo seu dever ao entrar na sala de aula e transmitir seus conhecimentos a um grupo de alunos que nem sempre estão interessados no que está sendo dito. Parece que há na cultura brasileira (e quem sabe se não de outros países também?) a idéia de que o professor é um sofredor que ganha muito pouco para fazer muito.
Imaginem a situação dos grandes artistas de todos os tempos. Eles faziam oque sentiam que poderia mudar da alguma forma a visão que as pessoas têm do mundo. Muitos deles não foram compreendidos duarente sua vida e talvez nem após a morte. Isto não diminuiu o valor de sua obra. Alguns são aclamados justamente por não ser possível compreendê-los. Vejam o caso de Monalisa, ela está ou não sorrindo. Ninguém jamais saberá, mas é inegável a contribuição deste quadro para os estudos da arte e de sua história.
Se a arte não é entendida, porém respeitada, será que o que fazemos numa sala de aula não acaba se tornando um trabalho artístico? Qual é o melhor material para se moldar e conseguir resultados fantasticamente inesperados, além do ser humano? Não creio que exista nada melhor. Pensem no espanto de uma criança ao ver seu professor que sempre lhe pareceu equilibrado cantar no meio da aula uma musica infantil, ou quem sabe jogar amarelinha ou pular corda no recreio. Talvez poucos imaginem que este tipo de atitude pode ensinar mais do que todas as regras gramaticais e fórmulas matemáticas. A arte de ensinar é como a arte de pintar um quadro, o resultado final é desconhecido até mesmo pelo artista, porém os observadores que virão, e quem sabe o próprio artista, se surpreenderão com o resultado. Este pode ser muito bom ou muito ruim, depende do que o criador acredita que pode fazer.